terça-feira, 16 de novembro de 2010

tenho um arco de cristal na mão
e sei o ponto certo de estilhaços
o ponto certo do veludo
o ponto certo do coração em sangue

sou indesistível nos silêncios
nos cantares e cânticos religiosos

na memória

sou ponte se não souber ser rio ou margens sólidas
sou mais que uma solidão
sou pontos que se unem dolentes na mudança

sou o amor o amor o amor o amor
um livro inteiro escrito à noite entre dedos, roupa suja, encontros dourados
um livro de cabeceira

conto-me uma história e espero por um fim em forma de papel creme

1 comentário:

Andreia disse...

Já estava com saudades de ler-te!