terça-feira, 30 de março de 2010

Tenho o meu poema na linha do teu perfil e as palavras são tinta diluída no toque
no amor reescrito
na ânsia de encontros incansáveis

és o poema que me envenena o coração
tenho na mão as letras inúteis
no beijo a arte poética necessária

não quero a poesia enquanto o poema for arma contra o corpo desistente
sou encantamento
dias reais
pele em dias cadentes e tremor feliz

inebrio-me de ti para que a tua imagem não me deixe os gestos soltos
moldo o amor à linha do meu corpo para que não me transcenda e para que ainda assim me encontres no escuro de uma noite banal