passei a primeira porta
e guardo agora a chave como relíquia
sem esforço, dentro destas notas musicais
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
tenho-te em tamanha fantasia
segredos paredes meias com a pele real
tenho a tua voz como uma poesia
uma pedra sem contornos no lugar quotidiano
sou mais eu no corpo embalado de imaginação
desenho o teu perfil no lençol frio
amo as formas, o silêncio, a ânsia de te encontrar no caminho
amo as palavras insensatas
o amor desiquilibrado em êxtase e incompreensão
tenho-te como meu nas horas e nos cafés solitários
na chuva imperfeita, na casa abandonada de esperança
nesta luz improvável de nunca seres menos sangue que o meu
tenho-te como poesia
porta fechada
manhã antes de acordar
música
pele
filmes antigos
ruas desertas
vidros húmidos
luz fraca
encantamento
outros dias como este
um diário esquecido sem chave
um segredo que me cai das mãos na esperança que o vejas no teu caminho remendado
horas nossas
água quente
uma dança inusitada
uma viagem sem tempo
uma história infantil
um sofá
uma noite e dentro dela um só corpo apaixonado
segredos paredes meias com a pele real
tenho a tua voz como uma poesia
uma pedra sem contornos no lugar quotidiano
sou mais eu no corpo embalado de imaginação
desenho o teu perfil no lençol frio
amo as formas, o silêncio, a ânsia de te encontrar no caminho
amo as palavras insensatas
o amor desiquilibrado em êxtase e incompreensão
tenho-te como meu nas horas e nos cafés solitários
na chuva imperfeita, na casa abandonada de esperança
nesta luz improvável de nunca seres menos sangue que o meu
tenho-te como poesia
porta fechada
manhã antes de acordar
música
pele
filmes antigos
ruas desertas
vidros húmidos
luz fraca
encantamento
outros dias como este
um diário esquecido sem chave
um segredo que me cai das mãos na esperança que o vejas no teu caminho remendado
horas nossas
água quente
uma dança inusitada
uma viagem sem tempo
uma história infantil
um sofá
uma noite e dentro dela um só corpo apaixonado
sábado, 16 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
encontro-me sem paz
insistente e sem perder a força dos meus dedos delicados e com mil anos de histórias reais
escolho o abismo
e prefiro pela primeira vez o indecifrado código de um corpo vivo ao conforto das penas e desgostos
reeinvento-me e estico a verdade até já nada existir de concreto ou compreensível
sou maior enquanto me descobrir segura dentro da palma da tua mão
insistente e sem perder a força dos meus dedos delicados e com mil anos de histórias reais
escolho o abismo
e prefiro pela primeira vez o indecifrado código de um corpo vivo ao conforto das penas e desgostos
reeinvento-me e estico a verdade até já nada existir de concreto ou compreensível
sou maior enquanto me descobrir segura dentro da palma da tua mão
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
passei parte desta noite que me foi mais forte que a minha coragem de viver a moldar o teu perfil e a torná-lo parte dos meus olhos para que nunca mais a minha vida te seja um caderno em branco
quero-te mais do que palavras, quero o teu barro como terra solta nas solas doces dos meus pés
quero as histórias sussurradas ao ouvido antes da lua cheia
quero a lua cheia nas estradas desertas
e uma dança, só uma, na sintonia perfeita entre o meu sono e o teu acordar no outro canto do mundo
quero-te mais do que palavras, quero o teu barro como terra solta nas solas doces dos meus pés
quero as histórias sussurradas ao ouvido antes da lua cheia
quero a lua cheia nas estradas desertas
e uma dança, só uma, na sintonia perfeita entre o meu sono e o teu acordar no outro canto do mundo
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
deixo a mão no fogo só o tempo de a pele dizer sem medo que prefere os lençóis de cetim à vida e ao sangue a ferver dentro das veias
sou ainda indesistível
um monstro que cabe dentro de todas as paredes e de todas as verdades
tenho o amor como uma caixa fechada, um som claro de loiça partida e um chão sem toque de pó ou amargura
sou o quadro branco e a parede branca e a tinta em pó guardada sem melancolia numa caixa
preservo o arco poético que me protege das bombas e da guerra que não é minha
espero em frente à lareira e ao fogo quente
espero sem esperança que as estradas dancem mais uma vez noutra direcção
que as minhas mãos regressem ao meu corpo com a boa notícia de uma respiração que acorda só depois de todos os sinos terem cantado a alvorada
sou ainda indesistível
um monstro que cabe dentro de todas as paredes e de todas as verdades
tenho o amor como uma caixa fechada, um som claro de loiça partida e um chão sem toque de pó ou amargura
sou o quadro branco e a parede branca e a tinta em pó guardada sem melancolia numa caixa
preservo o arco poético que me protege das bombas e da guerra que não é minha
espero em frente à lareira e ao fogo quente
espero sem esperança que as estradas dancem mais uma vez noutra direcção
que as minhas mãos regressem ao meu corpo com a boa notícia de uma respiração que acorda só depois de todos os sinos terem cantado a alvorada
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Tenho o corpo retalhado entre as tuas mãos e o rio selvagem que corre na minha janela
sou um bailado quente a ecoar ao som de palavras e marionetas que cantam o fim como uma canção de amor
no final do dia invento uma cama sem pés e construo um palácio irreal de penas e algodão para deitar cada um dos teus silêncios e transformá-los em poema
tenho o corpo sem amarras e a alma à desgarrada e em êxtase
não sou a minha vontade, sou a paixão desajustada e desafinada em noites de chuva
sou pouco mais do que o mundo todo em pérola sem futuro ou esperança
sorriso tímido, a verdade fechada na palma da mão sem liberdade
prisioneira sem mágoa
melancolia e laivos tímidos de poesia
um outro dia sem mais que dizer do que o teu perfil a caminho de outra estrada
sou um bailado quente a ecoar ao som de palavras e marionetas que cantam o fim como uma canção de amor
no final do dia invento uma cama sem pés e construo um palácio irreal de penas e algodão para deitar cada um dos teus silêncios e transformá-los em poema
tenho o corpo sem amarras e a alma à desgarrada e em êxtase
não sou a minha vontade, sou a paixão desajustada e desafinada em noites de chuva
sou pouco mais do que o mundo todo em pérola sem futuro ou esperança
sorriso tímido, a verdade fechada na palma da mão sem liberdade
prisioneira sem mágoa
melancolia e laivos tímidos de poesia
um outro dia sem mais que dizer do que o teu perfil a caminho de outra estrada
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