quinta-feira, 24 de junho de 2010

escondo os tesouros dentro desta caixa em que transformei o meu caminho habitual
em que lentamente te transformo sem presença
e sem contar dias ou minutos finjo que estes gestos te chegam com a forma antiga e imutável
amo-te sem outros voos sem filmes antigos ou contos de fadas
amo-te no toque vulgar
no sofá vermelho ao fim do dia
amo-te em dimensões espelhadas
em histórias repetidas e reescritas com tinta branca
amo a memória a saudade o desejo e amo palavras antigas
amo as músicas que não existem novas dedicatórias a lápis inscritas sem dor na pele cansada
nos olhos que fecham devagar em viagem

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