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Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida. É um arco-iris de sombra, quente e trémulo. É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. António Ramos Rosa
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- levo-te insistentemente debaixo das minhas unhasqu...
- forço o silêncio de metalas curvas da mesa ameaçam...
- Nas margens do rio azul esperei sem mais que fazer...
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- não sou palavras vãs, sou suspiros que transformo ...
- se estou em frente a este abismo crio pontes de pé...
- estas mãos são a vida com as peles secas e cortada...
- esqueço-me da tua pedra, não quero as palavras cin...
- encaixo-te devagar dentro da minha concha. não te ...
- o braço esquecido na areia é a ponte entre a tranq...
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- sinto o toque em forma de história e cançãoabandon...
- peço o infinitonunca menosé tão só a esperança de ...
- não posso mais lutar contra este gigante contra o ...
- nada é agora mais teu que esta poesiano dia em que...
- escrevo no combate ao abismo, em cada uma destas p...
- junto aos ossos lúcidos tenho o segredo da minha l...
- ilusório acordar com petálas de rosafoi o minuto d...
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