quinta-feira, 25 de junho de 2009

tenho a doçura dentro dos olhos e o devir irreal que me mexe os dedos numa melodia inconstante
tento inquietamente ver cair no mar dores e cansaços
tenho gaivotas nos olhos
dias simples
poemas de palavras incoerentes
palavras engolidas perante a tua presença adormecida

pego nesta música e canto-a à desgarrada contigo
desafio verdades e camas lavadas
e crio um mundo inteiro entre a pele indecifrável das nossas mãos
cravo unhas na tua alma e espero que ela me entre nas veias como rio em fim de tarde de Agosto

sou outra estória em caracteres móveis e desconhecidos
e conheço pouco de mim, só o branco que me veste
a paz como cartas abertas e comovidas
a tua voz ao final do dia como brisa e chuva de pétalas de rosa

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