quarta-feira, 8 de outubro de 2008

corro os pés por músicas vazias, nada me grita a tua existência
o silêncio mórbido do Amor acena o lenço branco da paz em chamas e eu desisto sobre o colo do chão sem memória

e não me peças o milagre de Existir

1 comentário:

argumentonio disse...

seja redenção a palavra, gesto escrito impregnado de virtude e sémen de poesia

contagia, sim, por via imanente, ritmo de um primeiro dia, um acordar, quiçá luz projectando corpo e sombra ou encarnando a iridescente melodia celular de um vago pensamento a acrescentar poros ao olhar, ao estremecer das veias, tilintar de arquimemórias inscritas fundo na lava mitocondrial

e transmite o som primordial da alucinogenia que nos percorre o ser e nos transmuta em vida mesmo antes de nascer

condão e sina, armada vem a palavra irmã da esfera cósmica de acender magias em acenos e sinais, completos alfabetos de verosimilhança

assim despertam mãos e dias, plenitudes e vazios, mares e vozearia de alma fértil em caminho e fantasia, alvo e perdição, tudo e sempre, em cantadora promessa de alquimia, senão fé generatriz da ilusão pura ou do amor e alegria

e se é palavra, é dia

bom dia

;_)))