no muro desenho-te, reconheço mais qualquer espaço em branco que não o que me escreve nas noites gélidas de marfim
ombros que descaem em cadência
anos arrebatados de renascimentos e glórias
amo deliciosamente esgotada e sem calos nem memórias
uma canção e uma estrada com um combóio que a mortifica
cabelo abandonado na esquina chuvosa
solidão que canta mais alto que o vinil, que ilude as passarolas voadoras do meu desejo
amava-te mais e se pudesse embrulhava-te em papéis quentes para que as letras derretessem e o silêncio fosse então nosso irmão
então a história seria contada com as tuas palavras douradas
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1 comentário:
Começo a gostar das sombras deste arco-iris
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