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Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida. É um arco-iris de sombra, quente e trémulo. É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. António Ramos Rosa
2 comentários:
este entra-me directo para debaixo da pele.
também é debaixo da minha pele que ele está. e na garganta, em silêncio. em constante suicídio.
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