terça-feira, 3 de março de 2009

é a nossa valsa, com passos cosidos em linhas de ouro branco, uma dança cega, sem sentidos, só ilusões. Um Nada. E quando o Nada me invade de veneno os músculos a dança torna-se mais poderosa e a alegria é cega de limites e contradições. é espuma nos olhos vento na pele despida. sem medo. só calor e a água quase fria na ponta dos pés. sem medo outra vez. só sensações e realidades semânticas. sem palmas nem luzes artificiais, só o sol preso no fim do dia.

fios que quase se partem. que ironizam as noites que sobrevivem. que continuam a dança como se fosse sempre a última vez que se entendiam e inflamavam.

quase o fim

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