experimento o silêncio e oiço o tigre silenciado
volta e recupera o trono de veludo onde é rei dos meus medos que já não sei cantar
construo a minha jaula e prendo fios na ponta dos dedos
danço passos decorados e guardo para a solidão a verdade e deixo escamar a tinta até já só haver sangue teimoso dentro das veias
adormeço sem sons ou lamentos cansada de paz e vida real, procuro o meu quintal de um só sofá e deixo-me envelhecer só hoje, entre as árvores quase silenciosas
e esqueço. calo a verdade. deixo de a ouvir. passo a viver na corda presa nas árvores e faço do equilíbrio o único alimento.
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